processo terapêutico

Como estruturar um processo terapêutico: Sessão por sessão

Confira a estrutura básica de um processo terapêutico em até oito encontros.

Muitas dúvidas cercam o processo terapêutico, desde quando inicia até quando termina. Essas questões são comuns, e não existe fórmula mágica, afinal, o processo terapêutico é um acordo único entre o terapeuta e o cliente, mas existem algumas dicas que podem ajudá-lo a elevar o nível dos seus atendimentos.

Estruturação do processo terapêutico

O primeiro ponto a se pensar em um processo terapêutico é a clareza do que você deseja entregar. É preciso amadurecer a ideia de que não se trata de uma pílula mágica que você irá ofertar para sanar todos os problemas do seu cliente, mas sim um processo de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal protagonizado por ele e guiado por você, terapeuta.

A primeira sessão

O primeiro contato entre terapeuta e cliente precisa ser para criação de vínculo, e você irá fazer trocas com o seu cliente, entender as suas demandas e os motivos que o levaram até a terapia. Juntos, vocês terão os primeiros insights que irão guiar o processo terapêutico.

Esse primeiro contato é muito importante para estabelecer os acordos do processo, nele você deverá deixar claro que os resultados não estão nas suas mãos e o que você irá ofertar são estratégias para orientá-lo nas tomadas de decisão que podem mudar o jogo.

Quando o cliente e terapeuta estabelecem esses acordos, no primeiro contato, fica mais fácil evitar que responsabilidades incorretas sejam colocadas nas mãos do terapeuta, evitando uma frustração por parte do cliente.  

Vale ressaltar a importância da ajuda terapêutica, explicando porque ela se diferencia de uma escuta normal, que não está baseada em dar conselhos comuns, que normalmente amigos e familiares dariam. A dica é use e abuse de argumentos com embasamentos teóricos dentro da linha de abordagem que você for utilizar, mostrando ao seu cliente que você foi a melhor escolha que ele teve. 

Segunda sessão

Nesse momento você já estreitou os laços, conhece os motivos que levaram seu cliente até ali, suas dores e queixas. 

Uma boa estratégia para esse segundo contato é a Purificação dos Sentimentos.

Por meio dela você conseguirá promover uma ressignificação da própria história do cliente, das aflições que fizeram com que ele chegasse até ali, ajudando-o a contar essa história de uma forma diferente. 

Outros recursos interessantes são o Ciclo Transformacional, evidenciando como a comunicação pode transformar a nossa realidade, e a Pirâmide Transformacional,  mostrando a ele os níveis dessa pirâmide: protagonista, figurante e transformacional, para que ele tenha insights sobre qual lugar está ocupando atualmente e em qual deseja chegar, por meio de assuntos com viés de realidade e construção de crenças.

Todas essas ferramentas estão disponíveis na plataforma do Movimento Transformacional!

Terceira sessão

Na continuidade desse processo você poderá trabalhar com o método Jardim de folhas, ou Construção do novo eu. Nessa sessão você também já pode iniciar com as atividades para casa, que serão retomadas no encontro seguinte. 

Quarta sessão

Aprofunde seu vínculo ainda mais com seu cliente e questione se ele deseja falar algo que ainda não foi dito.

Pergunte sobre os seus relacionamentos com a família, parentes e amigos. Aposte em questões sobre como foi a infância, tente entender se a queixa atual está relacionada a algum trauma.

Uma vez que, a maior parte da nossa individualidade é construída ainda na infância, incluindo questões de autoestima e autoconfiança, experiências de rejeição, abandono ou até violência podem estar na origem dos problemas.

Trazendo esse aprofundamento em questões de relações do cliente com o meio social que ele vive, você poderá guiar a sessão para os valores dele, ajudando-o a compreender os princípios que o norteiam.

Quinta sessão

Nesse momento você poderá falar sobre personalidade e trazer uma análise comportamental para guiar a sessão.

Já será perceptível o amadurecimento do seu cliente.

Ele conseguirá lidar melhor com os problemas, suas tomadas de decisão estarão cada vez mais voltadas para o desenvolvimento do eu, críticas já não o abalarão, os problemas não parecerão tão grandes ao ponto de que não pareçam ter solução, tudo isso dentro de um processo no qual seu cliente é o único e exclusivo responsável pela mudança. 

Sexta sessão

Estratégias como a Física dos sentimentos podem ser utilizadas e você poderá ensinar a ele como aplicar.

É interessante que o processo caminhe mais e mais para a independência, com a entrega de ferramentas para que o próprio cliente continue a se cuidar.

Sétima sessão

Agora ele já se encontra num próximo nível, enxergando a si mesmo como protagonista e responsável pelo próprio futuro. É hora de trazer ferramentas para construir esse amanhã, como a Rota da Transformação e a Ponte para o futuro, trabalhando aqui os desejos, ambições, e a gestão de tempo.

Oitava sessão

Com um clima de encerramento, reserve esse momento para ouvir e perceber as mudanças. Pergunte porque valeu a pena concluir o processo, como ele se enxerga agora e se existe o desejo de continuar melhorando.

Os planos já foram traçados, essa nova etapa será de realizações e caberá a ele escolher se consegue ir sozinho ou se deseja continuar caminhando com você. 

Vale ressaltar que esses são apenas alguns exemplos que podem guiar as sessões, não significa que o programa ensinado aqui deve ser seguido de forma absoluta, até porque o processo terapêutico é individual e vai tratar questões subjetivas de cada cliente.

Passe tarefas, mas não as escolha. Ao invés de ditar as ações que ele deverá realizar entre uma sessão e outra, pergunte o que ele sabe que deverá fazer para melhorar. Essa decisão, partindo da pessoa, tem mais chances de se tornar efetiva do que se você decidisse para ela, já que exercita na prática o protagonismo necessário para a terapia se consolidar.

Ademais, sempre ao final da sessão dê um espaço para a construção de críticas, feedbacks e elogios, afinal, é o seu cliente que está protagonizando o processo, e nada mais justo de que o trabalho seja baseado nas vontades e desejos dele, desde que você julgue coerente para o seu desenvolvimento!

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Artigo publicado em:
21/03/2023
foto romanni

Romanni Souza

Criador da Hipnose Transformacional, graduado em psicologia pelo Unipam, e pós graduado em neurociências pela PUCRS. Fundador do Instituto Romanni, com mais de 20 mil pessoas transformadas.

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