como ter mais inteligência emocional

Como ter mais inteligência emocional no dia a dia?

Não pense que é só em aspectos pessoais que a inteligência emocional pode ajudá-lo. Ela também vem ganhando a atenção dos especialistas, por ser uma habilidade imprescindível no mercado de trabalho, sendo apontada como base para bons líderes e bons profissionais.

Você já reagiu de forma inadequada diante de uma situação de adversidade? Ou sente que está ficando muito estressado com pequenas coisas? Se você se identificou, está na hora de melhorar uma habilidade comportamental essencial para a sua saúde mental: a inteligência emocional.

Não pense que é só em aspectos pessoais que a inteligência emocional pode ajudá-lo. Ela também vem ganhando a atenção dos especialistas, por ser uma habilidade imprescindível no mercado de trabalho, sendo apontada como base para bons líderes e bons profissionais. Descubra como ter mais inteligência emocional no dia a dia!

O que é inteligência emocional?

A inteligência emocional é um conjunto de capacidades para identificar e lidar com as emoções e sentimentos. Um indivíduo que desenvolve a sua inteligência emocional percebe que o mais importante é aprender como lidar com as suas questões internas, sem negá-las É por isso que ela vem ganhando tanta atenção, pois não há como manter uma boa saúde mental sem usá-la no dia a dia para lidar com as adversidades.

O que significa ser uma pessoa inteligente? 

Quando nós questionamos se somos pessoas inteligentes, ou o que significa ser inteligente, geralmente associamos ao Quociente de Inteligência (QI). Isso acontece porque, por anos, a inteligência foi medida através deste indicador.

O grande problema disso é que este modelo foca quase inteiramente no raciocínio lógico-matemático e na linguagem, desconsiderando outros tipos de inteligências, como é o exemplo da inteligência emocional.

A teoria da inteligência única, medida pelo QI, sempre recebeu críticas e questionamentos. Um dos trabalhos que mais contribuiu para quebrar sua influência foi o do psicólogo Howard Gardner, que popularizou uma teoria com tipos de inteligência.

De acordo com Gardner, não podemos ignorar a inteligência de pessoas tão diversas quanto Messi, Nietzsche e Picasso, ainda que um seja incapaz de ter os resultados do outro. São pessoas altamente inteligentes, mas suas habilidades não podem ser comparadas.

Segundo Gardner, existem 9 tipos de inteligências, que são:

Linguística: Comunicação oral e/ou escrita, saber lidar com as palavras. Geralmente, políticos, jornalistas e poetas costumam apresentá-la.

Musical: Produzir, diferenciar, entender sobre sons, ritmos e timbres.

Lógica/ Matemática: Resolução de problemas lógicos-matemáticos. Físicos e matemáticos são as referências deste tipo de inteligência.

Visual/ Espacial: Visão com domínio das três dimensões, reconhecimento espacial. Este tipo de inteligência está relacionado com a habilidade de interpretar e criar imagens. Pintores, fotógrafos, arquitetos são as pessoas que mais se destacam.

Corporal/Cinestésica: O uso do corpo, de forma simples. A inteligência corporal consiste na habilidade de fazer o uso racional do corpo ao exercê-lo. Alguns exemplos são o jogador de futebol ou a dançarina.

Intrapessoal: A capacidade de compreender as próprias emoções e ter autocontrole.

Interpessoal: A habilidade de persuadir, se comunicar e compreender os atos das pessoas, ou seja, ser alguém que consegue interpretar e convencer as outras.

Naturalista: A inteligência naturalista é a habilidade de conectar-se com a natureza. Este tipo de inteligência está relacionada com um profundo conhecimento sobre a natureza e como lidar com ela.

Existencial: A capacidade de refletir sobre aspectos da existência humana. É conhecida como inteligência existencial. Tem como principais expoentes filósofos e grandes pensadores.

Não há como abordar inteligência emocional sem citar Daniel Goleman, importante autor no que diz respeito aos estudos sobre o cérebro e as ciências comportamentais. Seu livro "Inteligência Emocional” de 1995, é a maior referência no estudo desse conceito.

Para ele, a inteligência emocional está relacionada com as habilidades e capacidades de um indivíduo para usar a inteligência intrapessoal e interpessoal nas suas relações sociais. Em outras palavras, ser alguém que consegue lidar com as suas emoções, e também de compreender e persuadir as pessoas, por entender as emoções delas.

Quais são os pilares da inteligência emocional?

Segundo Goleman, a inteligência emocional fundamenta-se a partir de uma série de competências que são sustentadas por cinco pilares, relacionados com as inteligências intrapessoal e interpessoal:

O conhecimento sobre as  suas emoções

Como vimos, inteligência emocional é a capacidade de lidar com os seus sentimentos e emoções. Para isso, a palavra de ordem é autoconsciência. Se você não consegue perceber o que está acontecendo - é simplesmente dominado pela raiva, ansiedade ou desânimo, por exemplo - não terá condições de controlar nada.

É impossível lidar com algo que não conhecemos, ou não sabemos do que se trata. Não é por acaso, que antes do médico passar o tratamento é preciso saber qual é a patologia.

A terapia é, antes de mais nada, um esforço nessa direção. Nós trabalhamos para ajudar os clientes a escutar melhor as vozes em seu interior, separando cada uma e notando as emoções quando elas surgem. Se eu percebo rapidamente que estou com raiva, numa discussão, tenho uma chance melhor de escolher qual será a minha resposta.

O autocontrole das suas emoções  

Apenas saber tudo sobre as emoções não é suficiente para lidar com elas. Para isso, precisamos desenvolver a autorregulação, gerenciando o que acontece em nosso interior da melhor forma possível para cada situação.

Desenvolvimento da automotivação

O próximo pilar é a capacidade de se motivar e manter-se motivado, independente das circunstâncias. Isso é possível quando já temos um conhecimento profundo sobre as nossas emoções e como lidar com elas, aprendendo então a transformá-las em algo positivo - energia - que podemos usar a nosso favor para ter decisões mais assertivas e assim chegar mais perto dos objetivos desejados.

Empatia

A capacidade para se colocar no lugar do outro é um traço fundamental da inteligência emocional, porque permite compreender o que os outros estão sentindo num dado momento. Se eu olho para alguém, e imediatamente percebo suas emoções, posso lidar de forma adequada com essa situação.

No estudo sobre inteligência emocional, a concepção de empatia não requer um entendimento absoluto sobre o que está na mente do outro, nem que você sinta a mesma coisa no mesmo momento. A ideia é perceber o que está acontecendo, sabendo que aquela pessoa pode estar triste, feliz, com medo ou raiva pelos motivos dela.

Relacionamentos interpessoais

Partindo da empatia, somos capazes de estabelecer uma relação saudável com as outras pessoas. Entendendo suas emoções e desejos, poderemos cuidar e até mesmo liderar quem está ao nosso redor. Ocupar com sucesso posições de liderança, inclusive, é um indicativo poderoso de que alguém possui inteligência emocional alta, já que ela reúne várias das habilidades que citamos aqui.

Como desenvolver a inteligência emocional 

Todos os tipos de inteligência podem ser desenvolvidos por meio de práticas adequadas, que reforcem as nossas habilidades e preencham as lacunas onde não estamos alcançando o nosso potencial. No caso da inteligência emocional, algumas possibilidades são:

Terapia 

A terapia é uma das melhores estratégias para desenvolver inteligência emocional, pois estaremos diante de um profissional que irá nos auxiliar no processo de lidar com as nossas emoções da melhor maneira possível. Por meio da terapia, feita de modo adequado, vamos aprender a conhecer e controlar as emoções, motivar a nós mesmos e nos relacionar mais abertamente com os outros.

Autoconhecimento 

O processo de autoconhecimento - seja por meio da terapia ou de reflexões pessoais - é essencial para a inteligência emocional, pois a partir dele, teremos mais recursos para enfrentar as adversidades da vida com leveza e tranquilidade, além de entender os medos e desejos que nos motivam.

Viver novas experiências 

A famosa saída da zona de conforto é uma forma de expandir suas emoções, abrindo-se para o novo. Isso ajuda a construir uma bagagem emocional, que depois podemos utilizar nas situações cotidianas. Se você enfrenta o medo ao escalar uma rocha, por exemplo, essa confiança também pode ser aplicada em objetivos pessoais e profissionais.

Além disso, novas experiências quase sempre nos levam a conhecer novas pessoas, que irão "forçar" o nosso desenvolvimento emocional interno e o exercício das habilidades sociais para lidar com elas.

Reflexão

De tempos em tempos, é preciso refletir sobre como estamos agindo a respeito das nossas emoções. Você pode manter um diário, ou apenas sentar e pensar em questões como: Qual emoção me levou a agir daquela forma? Eu percebi ela chegar, ou apenas fui dominado? Poderia ter adotado algum outro comportamento?

Faça o mesmo exercício olhando para fora: O que a Maria ou o João poderiam estar pensando naquele momento? Será que eu poderia ter feito algo para mudar as ações deles?

Conclusão

A inteligência emocional é um recurso que extrema importância para qualquer pessoa, permitindo o controle de si mesmo e facilitando as relações com outras pessoas. Ela é formada por um conjunto de habilidades mais específicas, que podem ser treinadas por diversos caminhos - a exemplo da terapia e da exposição a novas experiências.

Artigo publicado em:
18/03/2022
foto romanni

Romanni Souza

Criador da Hipnose Transformacional, graduado em psicologia pelo Unipam, e pós graduado em neurociências pela PUCRS. Fundador do Instituto Romanni, com mais de 20 mil pessoas transformadas.

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