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As metas dão sentido à vida, pois são os passos para transformar sonhos em realidade. A partir das metas, nos conectamos com ações que serão tomadas em direção aos objetivos que temos pro futuro, e sem elas, todas as nossas ideias viveriam apenas no mundo da fantasia.
Para que as metas se realizem, elas precisam ser planejadas, pois um bom planejamento é a ponte entre o que está na nossa mente e o mundo real. Ele utiliza informações práticas para conhecer a realidade, e então dizer a melhor forma de agir, de acordo com os nossos objetivos.
Já que estamos falando sobre metas e objetivos, é válido entender o sentido de cada um, e como eles se relacionam, para otimizar o seu planejamento de metas.
No dia a dia, usamos meta e objetivos como sinônimos, embora sejam coisas distintas, e essa confusão nos impede de ver o potencial de cada uma. Há uma diferença bastante significativa entre os dois termos, além de funções distintas no que diz respeito ao alcance de resultados.
Objetivos estão muito ligados aos seus desejos, quase sempre em médio ou longo prazo. O objetivo seria algo que você almeja, sonha conquistar “algum dia” para sua vida pessoal e profissional, trazendo um destino quase sempre muito abrangente e difícil de ser descrito como um passo a passo.
Embora sejam mais amplos e até mesmo abstratos, eles nos ajudam a ter uma perspectiva avaliativa, lógica, e bem definida do que desejamos alcançar. Em outras palavras, eles apontam uma direção, mas não apontam um caminho.
Objetivos bem definidos e planejados auxiliam na identificação e priorização de escolhas, sendo um enorme auxiliar na futura construção de metas.
Exemplos de objetivos:
Perceba como todos esses exemplos são desejos sem muito foco. São também qualitativos, e não podem ser medidos, são simples e sem muitas direções sobre como concretizar, possuem um teor mais motivacional e inspirador, mas nenhuma ação prática.
Sem muita clareza de onde se quer chegar, os objetivos podem ficar facilmente esquecidos. Muitas pessoas atravessam anos sonhando com a mesma coisa, como um ideal distante que, no fundo, elas nem sequer estão trabalhando para alcançar.
Metas, por sua vez, são mais desafiadoras do que motivadoras. São também mensuráveis, ou seja, trazem números que podemos acompanhar, e o mais importante, elas trabalham com duas realidades - uma atual, onde estamos, e uma futura, ainda inexistente, mas possível de construir.
Boas metas trazem clareza, e para testar esse aspecto um bom exercício é se perguntar:
“Como eu irei atingir esse objetivo?”
Se você obtiver as respostas, na forma de ações concretas, você possui metas. Elas são como pequenas etapas dos objetivos, conquistadas quase sempre em curto prazo, nos deixando cada vez mais perto de algo maior.
Exemplos de metas:
- Em 12 meses eu reunirei R$ 5.000 e viajarei para a Argentina nas férias.
Aqui temos uma meta ampla, que já aponta a direção, mas ainda pode ser “quebrada” em movimentos mais cotidianos - essa quebra, aliás, é a principal tarefa do planejamento de metas.
O planejamento de metas tem valor indispensável na concretização dos objetivos. Ele é o que transforma uma visão grandiosa e muitas vezes distante em ações concretas que podemos riscar das nossas agendas.
No entanto, fazer um planejamento de metas é muito mais do que listar as suas tarefas. Para usufruir de todo o potencial dessa ferramenta, é preciso ter dedicação, tempo e atenção; além da capacidade para analisar possibilidades e entender o que te espera ao agir de forma X ou Y.
Somente dessa forma poderá se traçar um caminho que minimize os riscos e aumente as chances de sucesso. Quando não temos um bom planejamento de metas, as chances de perder o foco ou esbarrar em imprevistos aumentam, e suas ações se tornam focadas em apagar incêndios, ou seja, resolver problemas urgentes.
Planejar as metas de forma assertiva reduz essas possibilidades de caos e cria um novo cenário, com estabilidade, clareza e controle. Logicamente, os desafios ainda permanecerão e imprevistos podem surgir, no entanto, estarão dentro das possibilidades e riscos possíveis que você já esperava encontrar, dessa forma, eles exigem respostas mas não te desestabilizam.
Ao traçar um planejamento de metas precisamos considerar alguns elementos, que são tanto objetivos quanto benefícios dessa ferramenta.
O planejamento de metas parte de uma análise do momento em que você se encontra como indivíduo. Para traçar um bom mapa, considere tantos seus fatores pessoais - renda, saúde, tempo, disposição... - bem como os movimentos de pessoas que estão ao seu lado, a situação global, a necessidade de conquistar esse objetivo agora, e o impacto dele na sua vida.
A partir desses dados, será possível traçar um plano claro e realista de acordo com as possibilidades, nos mais diversos cenários possíveis, e entender os desafios para atingir cada um deles. Ao fazer essa análise, é possível trabalhar com expectativas equilibradas, possibilitando ajustes e mais segurança ao surgir um risco.
Traçar metas é buscar o crescimento, e inevitavelmente o aumento da produtividade é um retorno óbvio desse avanço, afinal você estará desenhando o caminho mais rápido - mais produtivo - para conquistar o seu objetivo.
Tenha em mente que produtividade não significa trabalhar o máximo de horas por dia, mas encontrar o modo mais prático de bater uma meta - inclusive por meio de práticas como automatizar (usar ferramentas para realizar uma tarefa) ou delegar (passar essa tarefa para outra pessoa).
A própria definição de metas já é um fator importante para se engajar e aumentar a sua performance, afinal, é possível visualizar um destino claro de bons resultados. Performance tem muito a ver com isso, priorizando o resultado - contanto que você respeite os princípios éticos e de segurança, os meios tem pouca relevância desde que a meta seja atingida.
Todos nós já paramos para nos imaginar daqui há 5 anos, 5 meses e até mesmo 5 dias. A realização desses pensamentos, seja ele de curto prazo ou maior escala, precisa de metas bem definidas.
Nos mais diferentes contextos somos direcionados a pensar em metas e trabalhar em função da sua solidificação. O simples fato de realizar todas as tarefas propostas para um dia é a realização de uma meta, e foi preciso se programar para esse “pequeno” sucesso.
O primeiro passo para isso, como já vimos até aqui, é conhecer o seu ambiente e as suas possibilidades. Com essas informações, será preciso traçar possibilidades, perguntando-se: o que acontece se eu for por este caminho? E por este outro?
Tais respostas vão mostrar a melhor forma de agir, que você deve então quebrar em etapas que possam se tornar tarefas - práticas, mensuráveis e possíveis de riscar numa lista. É importante que essas metas sejam realistas: se você está há anos sem fazer exercícios, por exemplo, não faz muito sentido criar uma meta de frequentar a academia duas horas todos os dias.
Essa pode ser a sua meta final, mas os passos até ela devem ser traçados para não perder o foco - talvez se matricular na academia possa ser a sua primeira meta, e frequentar uma vez por 30 minutos seja a segunda.
O penúltimo passo no planejamento de metas será a análise de riscos. Isso significa tirar um momento para pensar sobre o que pode atrapalhar uma meta, sejam fatores pessoas como procrastinação, falta de tempo ou de uma habilidade, sejam questões externas como uma despesa inesperada, por exemplo.
Com essas ideias em mente, a etapa final é pensar em como você poderá lidar com estas situações, antecipando-se para ter controle sobre elas. Talvez seja preciso criar novas metas (aprender aquela habilidade que ainda falta) ou traçar um plano B, decidindo o que fazer caso o dinheiro acabe no meio do caminho, por exemplo. Feito isso, estará pronto o seu planejamento de metas!
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Criador da Hipnose Transformacional, graduado em psicologia pelo Unipam, e pós graduado em neurociências pela PUCRS. Fundador do Instituto Romanni, com mais de 20 mil pessoas transformadas.
