violência psicológica

Violência psicológica: Como acontece, e o que fazer para evitar

Conhecer e perceber os sinais desse tipo de abuso é o primeiro passo para se conseguir combater a violência psicológica. Por isso, separamos um artigo completo que irá trazer todas as informações para você entender e lidar com o tema. 

Quando falamos em violência, rapidamente vem à mente a agressão física, no entanto, a violência psicológica, além de causar vários danos para qualquer pessoa, é também considerada um crime. 

A violência psicológica pode ocorrer em diversas formas, e infelizmente é algo comum entre muitos casais. Em nossa sociedade, é possível perceber que as mulheres são maioria entre as vítimas - é difícil encontrar dados gerais sobre o assunto, mas estudos menores em várias cidades mostram que mulheres de todas as etnias, idades e classes sociais podem sofrer com isso.

Conhecer e perceber os sinais desse tipo de abuso é o primeiro passo para se conseguir combater a violência psicológica. Por isso, separamos um artigo completo que irá trazer todas as informações para você entender e lidar com o tema. 

O que é violência psicológica ?

Distorcer informações, omitir verdades ou inventar mentiras que levem a vítima a questionar a sua sanidade e inteligência é considerado violência psicológica.

A violência psicológica se manifesta de forma sutil, por isso muitas vezes passa despercebida e é confundida com ciúme, excesso de cuidado, temperamento forte, desentendimentos, entre outras justificativas.

No entanto, essa forma de violência é extremamente prejudicial, tanto quanto a agressão física, pois provoca feridas emocionais e danos profundos à saúde psíquica da vítima.

Esse tipo de violência tem como principal objetivo a fragilização emocional de sua vítima, a fim de desestabilizar a sua saúde mental. Entre casais, ela muitas vezes é a base para uma relação abusiva e é usada para deixar a vítima cada vez mais dependente do agressor.

Formas de agressão psicológica

Essa forma de violência pode acontecer de forma sutil ou explícita.  Quando esse tipo de agressão é mais perceptível, há a possibilidade de uma confusão entre violência psicológica e temperamento forte.

Quando o agressor é o companheiro, a relação é ainda mais complexa, uma vez que, a vítima possui sentimentos positivos pelo seu agressor e não acredita que esteja sofrendo de uma violência psicológica.  

Ademais, essa forma de violência não se inicia da noite para o dia, mas sim com comentários e provocações sutis. Quando o agressor percebe que a vítima baixou a guarda, as agressões passam a ter um teor mais sério e a vítima já se encontra em uma posição de submissão.

Ameaças: O agressor está sempre ameaçando terminar o relacionamento. Com medo de perder a pessoa que gosta, a vítima aceita as condições desfavoráveis.

Humilhação: As humilhações podem ocorrer tanto em momentos íntimos quanto públicos. Essa forma de humilhação serve para que o agressor sinta-se superior à vítima e faça ela se distanciar do próprio valor. 

Mentiras: O agressor nega a verdade. Mesmo com provas concretas, ele não assume a culpa e manipula a outra pessoa, até ela questionar a veracidade das provas ou a própria sanidade.

Ele é bom para você: O abuso psicológico é um ciclo, e não é repleto de coisas ruins. O agressor periodicamente elogia ou presenteia, a fim de causar uma confusão na cabeça de sua vítima. Essa forma de manipulação serve para deixar a pessoa mais vulnerável e aceitar novos ataques, ou recuperar a confiança quando ela começa a se distanciar.

Isolamento social: É muito comum nesse tipo de violência o agressor manipular a vítima com o intuito de afastá-la de amigos e familiares, deixando-a com a ilusão de que não possui rede de apoio fora do relacionamento e aumentando sua dependência emocional.

Atitudes que uma vítima de violência psicológica costuma ter

Estar sempre justificando as atitudes do agressor: A vítima não enxerga a situação com clareza, uma vez que as palavras do agressor não condizem com suas atitudes. Dessa forma, ela busca sempre justificativas que defendam as ações do outro. Isso funciona como um mecanismo de defesa para evitar o choque de realidade da violência psicológica.

Se desculpa por erros que não cometeu: A vítima pede desculpas ao agressor mesmo sem motivação real, muitas vezes ela até se questiona porque pediu, mas acredita ser a decisão certa, pois evita mais conflitos.

Sente-se confusa na maioria do tempo: Devido a violência, a vítima mantém um estado de confusão constante. Ademais, começa a duvidar da sua bondade, inteligência e caráter. 

Não se sente feliz:  Mesmo com coisas positivas acontecendo ao seu redor, a vítima é incapaz de viver momentos de felicidade. Aparentemente demonstra estar bem, mas dificilmente consegue estar em paz consigo mesma, uma vez que o abuso psicológico reprime seus sentimentos.

Consequências da violência psicológica

Com as agressões tornando-se frequentes, a vítima passa a ter medo do agressor, receio de sair da relação e baixa autoestima. Essa percepção negativa de si, junto do afastamento social, fazem a vítima acreditar que não possui uma rede de apoio e fica mais difícil sair da relação, seja ela enquanto casal, profissional ou familiar.

A vítima da violência psicológica passa a questionar sua capacidade de seguir em frente sozinha, bem como sua sanidade mental, chegando a acreditar que merece o que recebe.

Essas consequências caracterizam também um relacionamento abusivo, por isso, cuidado - onde há violência psicológica, comumente haverá relacionamento abusivo, e não é raro que isso seja a base para futuras agressões físicas.

Violência psicológica é crime

Desde 2021, violência psicológica contra a mulher é considerada crime, sancionado pela lei 14.188/2021. Essa medida é de extrema importância para que se possa ter um olhar mais voltado à violação dos direitos humanos e das mulheres. 

Como comprovar?

Diferentemente da violência física, a violência psicológica não deixa marcas no corpo. Figuras jurídicas defendem um laudo técnico assinado por um médico especialista como uma forma de comprovação do crime. 

Ademais, testemunhas como familiares, amigos, funcionários domésticos ou colegas de trabalho, além de possíveis áudios, filmagens e mensagens, são de extrema importância para enriquecer a denúncia.

Qual a punição?

A pena  varia de seis meses a dois anos, e multa, se a conduta não constituir um crime mais grave. Em casos de lesão corporal, a pena chega até a quatro anos de reclusão.

Onde pedir ajuda?

WhatsApp da Polícia Civil: A maioria dos estados possui um sistema de mensagens por WhatsApp. Basta pesquisar no Google “whatsapp polícia civil” junto ao nome do seu estado ou cidade.

Emergências: 190, é o número mais indicado caso uma agressão esteja ocorrendo.

Disque-Denúncia: 181, para ligar quando souber de uma agressão que já ocorreu e não for preciso acionar a polícia imediatamente.

Delegacia da Mulher: 180, também permite denúncias de agressões já ocorridas e relatos de mulheres em situações de risco.

Denúncia Digital: Pesquise “denúncia digital” com o nome da sua cidade ou estado para denunciar pela internet.

É importante saber que familiares, amigos e vizinhos também podem usar todas essas ferramentas!

Acompanhamento Terapêutico: Durante ou após uma experiência como essa, é fundamental ter apoio para lidar com as consequências emocionais. Você pode encontrar os membros do Movimento Transformacional mais próximos de você, e iniciar um acompanhamento terapêutico com esse objetivo!

Artigo publicado em:
18/05/2022
foto romanni

Romanni Souza

Criador da Hipnose Transformacional, graduado em psicologia pelo Unipam, e pós graduado em neurociências pela PUCRS. Fundador do Instituto Romanni, com mais de 20 mil pessoas transformadas.

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